Sentir ansiedade é comum em diversos momentos ao longo da nossa vida – um encontro muito esperado, a apresentação do projeto na semana, dentre tantos outros. Mas quando a ansiedade causa sintomas físicos e psicológicos recorrentes, é hora de procurar ajuda.
É verdade que em algum momento da vida, todos vão sentir ansiedade; esta é uma das emoções mais comuns entre os seres humanos. Acontece que quando essa emoção ultrapassa o limiar da normalidade e começa a causar um medo excessivo do futuro, gerando preocupações sem fundamento racional, ela pode ser classificada como uma doença mental.
O medo é algo positivo na evolução do ser humano. Ele pode ser o impulso para alguém evitar uma situação perigosa, faz com que pensemos duas vezes antes de praticar atos que podem vir a ser prejudiciais, e permite lutar pela sobrevivência. Entretanto, a sensação de medo permeia a vida da pessoa portadora de ansiedade mesmo em situações em que essa emoção não é útil ou necessária.
Os sintomas ultrapassam a sensação de “frio na barriga” e podem causar problemas físicos e psicológicos que atrapalham o bem-estar da pessoa ansiosa. Na presença destes, é importante reconhecer os sinais e pedir ajuda profissional.
Sintomas mais comuns de Ansiedade
A ansiedade pode causar sintomas tanto psicológicos como físicos. É importante saber identificar esses sinais para buscar o tratamento adequado.
Sintomas psicológicos da ansiedade
- Inquietação
- Irritabilidade
- Impaciência
- Medo excessivo
- Resposta exagerada a surpresa
- Dificuldade de concentração
- Memória prejudicada
- Dificuldade de conciliar e manter o sono
- Angústia
- Incapacidade de relaxar
- Pensamentos negativos e catastróficos
- Vontade frequente de chorar
Sintomas físicos da ansiedade
- Tremores
- Sensação de fraqueza
- Tensão ou dor muscular
- Fadiga fácil
- Falta de ar
- Sensação de folego curto
- Palpitações
- Sudorese
- Mão frias e úmidas
- Boca seca
- Vertigens e tonturas
- Náuseas
- Diarreia
- Rubor ou calafrios
- Polaciuria (aumento do número de urinadas)
- Bolo na garganta

Saúde Mental e a pandemia da Covid-19
A pandemia da Covid-19 trouxe diversas mudanças à rotina da maioria das pessoas e preocupações que não tínhamos antes. Tudo isto fez com que muitas pessoas passassem a conviver com a ansiedade de forma mais profunda.
Sentimentos de incerteza quanto aos acontecimentos futuros, medo de ser contaminado, medo de perder entes queridos ou o luto por já ter perdido alguém, crise financeira e política no país, perda de emprego e isolamento social. Estas são situações que são chamadas de “gatilhos”, e que levam muitas pessoas a manifestar a doença e sofrer com as crises de ansiedade.
De acordo com um levantamento feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os casos de ansiedade aumentaram 80 % desde o início da pandemia.
É bastante provável que você tenha se sentido ansioso com as notícias nos jornais, relatando o número de casos e mortos causados pelo Corona Vírus. A palavra insônia foi mais pesquisada em 2020 do que em todos os anos anteriores, e a venda de remédios antidepressivos aumentou cerca de 17 % apenas no Brasil. Esses dados só mostram que a pandemia mostrou um lado pouco discutido – a saúde mental dos brasileiros.

Como a ansiedade pode afetar nossa vida?
Pessoas que sofrem com ansiedade sentem muita dificuldade para manter uma rotina. E esse fato agrava mais ainda os sintomas da doença, pois o ansioso sente a necessidade de ser produtivo e se frustra por não alcançar essas expectativas.
É importante reconhecer pelo que você está passando ou se você convive com uma pessoa que sofre de ansiedade. As cobranças podem ampliar o quadro e isso afetará o individuo ansioso de forma sistêmica. É preciso lembrar que a ansiedade é uma doença complexa e que demanda um esforço não só do ansioso, mas de todos que o cercam.
Mudanças que podem ajudar
Algumas mudanças na rotina já podem afetar positivamente a vida de quem sofre com ansiedade.
- Tenha uma rotina de alimentar com alimentos frescos e saudáveis
- Fique longe das telas momentos antes de se preparar para dormir e tenha um tempo de sono adequado
- Pratique atividades físicas
- Evite bebidas alcoólicas e estimulantes
- Mantenha contato social, mesmo que online
- Limite o acesso a notícias ruins
- Faça exercícios de respiração e relaxamento
- Pratique meditação
Estas são sugestões simples para lidar com a ansiedade no dia a dia. É importante ressaltar que a ansiedade não escolhe idade ou gênero. Homens e mulheres, crianças, jovens e idosos podem desenvolver sintomas de ansiedade. Lembre-se de que ansiedade é uma doença e requer o apoio de um psicólogo.
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Se você apresenta alguns dos sintomas apresentados nesta publicação ou conhece alguém que apresente estes sintomas, busque ajuda profissional. Agende já uma consulta com a Fernanda Michelin, Psicóloga e Terapeuta Ocupacional.
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