A obesidade infantil pode prejudicar o corpo de várias maneiras. Crianças obesas têm maior probabilidade de apresentar problemas como pressão alta e colesterol alto, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e distúrbios psicológicos como ansiedade e depressão. Diante de um problema com tantos impactos à saúde, prevenir é o melhor caminho.
A obesidade infantil tornou-se um problema de saúde pública relativamente recente. Há quase 50 anos, o Brasil lutava contra o principal obstáculo para o desenvolvimento infantil na época – a desnutrição.
Em 2021 a luta é contra o extremo oposto: a obesidade infantil. Segundo estudo da Federação Mundial de Obesidade, o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que estão acima do peso ao redor do mundo deve pular de 220 milhões para 268 milhões em menos de uma década. Dentro desse número, a projeção é que 91 milhões serão obesas e juntamente com o excesso de gordura, vem diversos problemas para a saúde.
Ainda segundo o mesmo estudo, 28 milhões terão hipertensão, 39 milhões apresentarão gordura no fígado, e 4 milhões terão diabetes tipo 2, doenças que sempre foram conhecidas por acometerem pessoas mais velhas.
Prevenindo a obesidade infantil na gestação
Para prevenir a obesidade infantil, a sociedade precisa passar por um processo de conscientização para adotar cuidados preventivos até mesmo antes da criança nascer, já no acompanhamento da gestante.
Sim, o risco de obesidade infantil pode começar durante a gravidez. Fazer as consultas pré-natal e ter uma dieta equilibrada e com o acompanhamento de um nutricionista garantem um controle no peso da mulher e do bebê, diminuindo as chances de uma diabetes gestacional e favorecendo que a criança nasça dentro do peso adequado.
Prevenindo a obesidade infantil desde cedo
A construção da boa saúde através de hábitos saudáveis começa na infância e repercute até a vida adulta. Segunda dados do Ministério da Saúde crianças obesas têm maiores chances de se tornarem adultos obesos e portadores de outras doenças crônicas como a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes e problemas psicológicos como ansiedade e depressão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo é até os 6 meses de vida, devendo ser mantido até os 2 anos de idade, com a introdução de outros alimentos. Há estudos que mostram que o aleitamento materno ajuda a prevenir a obesidade até na vida adulta. O desmame precoce e a introdução de alimentos inadequados nesta fase são fatores relacionados a obesidade infantil.
Mas a principal dificuldade é manter uma alimentação balanceada e um cardápio saudável durante a infância. Na maioria dos centros urbanos a rotina das famílias costuma ser repleta de compromissos, dificultando o preparo de refeições completas, saudáveis e atrativas para as crianças. Muitas vezes as famílias acabam introduzindo alimentos industrializados e ultra processados como salgadinhos, sucos de caixinha, pães industrializados e comidas congeladas pela “facilidade” que estes alimentos agregam à rotina. Esses alimentos são hipercalóricos e quase sem nenhuma fonte de nutriente.
Sedentarismo na infância
Um dos fatores que contribuem para o sedentarismo das crianças e adolescentes é o tempo passado em frente às telas. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria são 2 horas por dia, abrangendo todas as telas como televisão, tablete, celular, computador, vídeo games etc. Entretanto, com a rotina corrida de grande parte das famílias, tem se tornado muito cômodo o uso de telas para distrair as crianças enquanto os pais cuidam de seus afazeres.
Esse fator se agravou ainda mais no ano de 2020 e a reviravolta nas rotinas familiares, com a introdução de aulas on-line e muitos pais trabalhando de casa, o que acarretou num aumento considerável no tempo de uso das telas pelas crianças. Ao mesmo tempo, os pais dizem que os aparelhos eletrônicos se tornaram importantes nesta nova dinâmica familiar e que não podem descartá-los.
Segundo uma pesquisa indiana, durante o período de reclusão em função do coronavírus, um total de 65,2% dos estudantes relatou problemas físicos, 23,40% ganharam peso, 26,90% sofreram dores de cabeça/irritabilidade e 22,40% relataram dores nos olhos. Segundo os pesquisadores, quase todas as crianças tiveram um aumento no tempo de tela de 2 a 3 vezes, e uma redução na atividade física. 50% dessas crianças têm dificuldade em dormir e 17% acordam no meio do sono à noite e levam 20 a 30 minutos para voltar a dormir.
O sono é outro fator determinante para o desenvolvimento infantil e quando se é negligenciado, pode contribuir para a obesidade. Crianças que não dormem tempo suficiente e no horário recomendado, podem sentir dificuldades durante o dia. O ideal é que a criança durma até às 21 horas, pois há hormônios importantes que somente são liberados em horários específicos da noite. O desequilíbrio hormonal acarretado pelo sono insuficiente ou irregular pode prejudicar o desenvolvimento e tornar-se mais um fator de risco para a obesidade infantil.
Como tratar a obesidade infantil
Assim como para os adultos, o tratamento da obesidade infantil deve incluir passos como a reeducação alimentar e a introdução de atividades físicas. Entretanto, estas duas abordagens podem se mostrar insuficientes no combate a este problema, que é multifatorial.
A mudança dos hábitos que contribuem para a obesidade infantil requer um esforço de toda a família. A prática de esportes, a alimentação saudável e um ambiente familiar de acolhimento precisam ser praticados por todos no núcleo familiar da criança obesa e o apoio de uma equipe multidisciplinar que conta com endocrinologista infantil, nutricionista, psicólogo e educador físico ou fisioterapeuta pode fazer toda a diferença no sucesso do tratamento.
Algumas dicas para prevenir a obesidade infantil:
- Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação da família. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos.
- Inclua a criança no planejamento e preparo das refeições, para que ela se familiarize com os alimentos in natura e sinta-se estimulada a comê-los.
- Faça programas familiares que inclua atividades físicas, como passeios com caminhadas e a prática de esportes.
- Planeje uma rotina saudável para as crianças que inclua muitas atividades sem o uso de telas, um estilo de vida mais saudável e que tenham pelo menos 9 horas de sono por noite.
- Faça consultas e exames regulares com o pediatra e, se sentir que a criança está acima do peso, procure um endocrinologista pediátrico para o tratamento da obesidade infantil.
Se você acredita que seu filho está acima de peso, procure um endocrinologista pediátrico. Muitos problemas de sobrepeso na infância estão diretamente relacionados à desequilíbrios endocrinológicos e devem ser diagnosticados o quanto antes.
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Para alcançar estes resultados contamos com uma equipe multidisciplinar de profissionais em diversas áreas como endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeuta, já que entendemos que cada paciente é único e requerem uma proposta personalizada de tratamento.
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