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Gordura no fígado ou estetatose hepática pode ser um problema sério.

Gordura no Fígado: Diagnóstico e Tratamento

Engana-se quem pensa que apenas pessoas acima do peso podem ter excesso de gordura no fígado. Fatores genéticos também podem levar ao surgimento do quadro de esteatose hepática.

Índice

Hoje vamos explorar um problema de saúde que é comum, porém frequentemente negligenciado: a gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática. Esse é um assunto que tem se tornado mais relevante a cada dia, dado o aumento dessa condição na população brasileira e de suas possíveis complicações.

Ao longo deste artigo, iremos desvendar o que é a gordura no fígado, as suas causas, como é feito o diagnóstico, as opções de tratamento e, muito importante, como prevenir essa condição. No final, temos um conteúdo especial para você. Assista ao vídeo da participação da Dra. Ana Priscila Soggia, endocrinologista e especialista em emagrecimento e menopausa no programa Você Bonita. Ela fala sobre como a esteatose hepática pode afetar todas as pessoas, não apenas aquelas que são obesas. Por isso, é fundamental entender a doença e aprender como evitar o seu desenvolvimento.

Acompanhe conosco essa jornada de conhecimento e descubra como cuidar melhor da sua saúde!

Gordura no Fígado: O Que É e Quais São as Principais Causas?

A gordura no fígado, cientificamente conhecida como esteatose hepática, é uma condição que se manifesta quando há excesso de gordura acumulada nas células deste órgão vital. Ter uma pequena quantidade de gordura no fígado é considerada normal. Entretanto, quando esse valor excede 5% do peso total do órgão, podemos dizer que estamos diante de um quadro de esteatose hepática.

Principais Fatores de Risco

Existem vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver gordura no fígado. Entre eles, destacamos:

  • Obesidade
  • Diabetes tipo 2
  • Hipertensão
  • Altos níveis de gordura no sangue (triglicerídeos ou colesterol alto)
  • Síndrome metabólica

Existe alguma relação com estilo de vida e alimentação?

Sem dúvida. O estilo de vida e a dieta desempenham um papel crucial no desenvolvimento da esteatose hepática. Uma alimentação rica em açúcares refinados, gorduras saturadas e trans, por exemplo, pode contribuir para o acúmulo de gordura nesse órgão. Da mesma forma, a falta de exercício físico regular pode levar ao aumento de peso, uma das principais causas da esteatose hepática.

Como o álcool afeta a gordura no fígado?

O consumo excessivo de álcool é uma causa conhecida de doença hepática. O álcool pode causar inflamação e danos ao fígado, levando ao acúmulo de gordura e, eventualmente, à esteatohepatite alcoólica, um tipo de doença hepática gordurosa.

Com uma melhor compreensão do que é a gordura no fígado e quais são suas principais causas, fica evidente a importância do diagnóstico precoce. Esta doença nem sempre causa sintomas antes que o quadro esteja mais severo. Por isso a prevenção é o melhor a se fazer. Então, vamos explorar como essa condição é diagnosticada no próximo tópico.

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Diagnóstico da Gordura no Fígado

Antes de falarmos sobre o diagnóstico, é importante entender os sintomas que podem indicar a presença de gordura no fígado. Apesar de muitas pessoas não apresentarem sintomas perceptíveis nas fases iniciais da condição, conforme a doença avança, alguns sinais podem começar a se manifestar. Estes incluem:

  • Dor no quadrante superior direito do abdome;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Perda de apetite e perda de peso inexplicada;
  • Amarelamento da pele e dos olhos;
  • Inchaço na barriga, dentre outros.

Se você notar qualquer um desses sintomas, você deve buscar atendimento com um endocrinologista.

Como é feito o diagnóstico da esteatose hepática?

O diagnóstico da gordura no fígado geralmente começa com uma consulta médica, onde o endocrinologista pode realizar um exame físico e avaliar os sintomas. Um exame físico pode revelar a presença de um fígado aumentado, um dos sinais da doença.

Para confirmar o diagnóstico, são necessários alguns exames adicionais. Estes podem incluir:

  • Exames de sangue para avaliar a função hepática;
  • Testes de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e
  • Biópsia hepática pode ser necessária em alguns casos para avaliar o grau de inflamação e fibrose (cicatrização) no fígado.

Entretanto, antes de realizar qualquer exame, fale com seu endocrinologista sobre medicamentos que você esteja tomando, sua dieta e estilo de vida. Porque certos medicamentos e alimentos podem interferir nos resultados dos testes.

Tratamento da Gordura no Fígado

Uma vez que o diagnóstico de gordura no fígado é confirmado, o próximo passo é discutir as opções de tratamento. Embora possa parecer intimidante, é importante lembrar que há várias maneiras de gerenciar e até mesmo reverter a condição.

Principais medidas para evitar e tratar a gordura no figado

O tratamento da gordura no fígado geralmente envolve modificações no estilo de vida. Isso pode incluir:

Modificação no Estilo de VidaDetalhamento
Perda de pesoPerder peso através de uma dieta saudável e exercício físico regular pode ajudar a reduzir a gordura no fígado.
Dieta equilibradaConsumir uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais pode ajudar a reduzir a gordura no fígado.
Exercício físicoA prática regular de atividade física, mesmo que de baixa intensidade, pode contribuir para a perda de peso e a redução da gordura no fígado.
Controle de condições de saúde subjacentesSe condições como diabetes tipo 2, hipertensão ou colesterol elevado estiverem presentes, o controle dessas condições é fundamental para o gerenciamento da gordura no fígado.

Quais são os efeitos colaterais possíveis?

Como a maior parte do tratamento envolve mudanças no estilo de vida, os efeitos colaterais são mínimos. No entanto, é importante lembrar que a perda de peso rápida pode levar ao agravamento da condição do fígado. Portanto, é recomendado perder peso de maneira gradual e sob a supervisão de um profissional de saúde.

Com uma abordagem proativa ao tratamento, é possível gerenciar a gordura no fígado eficazmente e evitar complicações futuras. No próximo tópico, vamos entender como prevenir a gordura no fígado.

Prevenindo a esteatose hepática

A prevenção é uma peça-chave para evitar a gordura no fígado. Muitas vezes, essa condição é impulsionada por escolhas de estilo de vida. Por isso, adotar hábitos saudáveis é o primeiro passo na direção certa. Mas como você pode fazer isso?

Para começar, manter um peso saudável é fundamental. Isso pode ser alcançado com uma combinação de dieta equilibrada e exercícios regulares. Da mesma forma, limitar o consumo de álcool e controlar os níveis de açúcar no sangue são medidas essenciais.

Porém, não se esqueça de que condições de saúde subjacentes, como diabetes ou hipertensão, também podem contribuir para a gordura no fígado. Portanto, é fundamental que essas condições sejam gerenciadas de maneira adequada.

Lembre-se, cada passo que você toma em direção a um estilo de vida mais saudável ajuda a proteger a saúde do seu fígado. Para aprender mais sobre este tema, assista ao vídeo da Dra. Ana Priscila Soggia onde ela explora mais sobre a esteatose hepática. Ela vai mostrar que cuidar do seu fígado é uma tarefa para todos, não apenas para quem está acima do peso. Com informações confiáveis e apoio, você pode fazer escolhas saudáveis para a sua vida.

Transcrição das principais partes da entrevista

Carol Minhoto:  Hoje vamos falar de um assunto importantíssimo e que pode causar muitos problemas. A gordura no fígado é um problema que vai acometer só as pessoas que estão acima do peso?

Dra. Ana Priscila: Existem muitos pacientes que estão com excesso de peso e que não tem acúmulo de gordura no fígado. Por outro lado, alguns pacientes só uma gordurinha abdominal em quem, na hora que a gente faz um ultrassom, encontramos alterações graves.

Quando existe um acúmulo progressivo da gordura no fígado, seja relacionada à diabetes, obesidade ou uma predisposição genética, pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado. O câncer de fígado é uma doença bem grave e é importante de ser prevenida.

Portanto, com o aumento dos casos de obesidade, cada vez mais a gente tem um aumento da incidência da esteatose hepática. Estimamos que mais ou menos 30% da população tem gordurano fígado. E entre 25 e 30% vai evoluir para essas formas mais graves de cirrose e até um possível câncer de fígado. 

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Como a gordura vai para o fígado

Carol Minhoto: Como a gordura vai parar no fígado? Que gordura é esta?

Dra. Ana Priscila: O acúmulo de gordura no fígado vai depender muito da predisposição genética de cada pessoa. Cada pessoa tem uma composição corporal e é muito comum as pessoas que emagrecem bem mas continuam com um acúmulo de gordura no bumbum que elas não perdem mesmo que façam caminhada ou corrida. Portanto existem pessoas que têm uma predisposição genética a acumular gordura abdominal.

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É importante observar que existe uma gordura abdominal que é subcutâneo, ou seja, ela está na “parte mais de fora”. E existe uma gordura visceral, que está localizada na “parte mais interna”. Qual é a gordura mais perigosa e que vai se acumular no fígado, aumentar o risco de diabetes, aumentar a pressão e o colesterol?

A gordura perigosa e que pode causar todos estes problemas é a gordura visceral. O que determina se a gordura vai ser acumulada no bumbum ou, na camada mais interna ou mais externa do abdômen é a genética. Por isto que existem pacientes obesos e que têm só um pouquinho de gordura no fígado, enquanto outros que são magros e tem gordura no fígado.

Pacientes de risco para esteatose hepática

Carol Minhoto: Agora, a esteatose hepática num paciente acima do peso ou até magro pode ser perigoso. Então quais são os sintomas que o paciente precisa conhecer? Como ele vai suspeitar que tem gordura no fígado?

Dra. Ana Priscila:  A primeira coisa que a gente sempre vai avaliar são os pacientes de risco. Uma pessoa que acumula gordura na região abdominal deve consultar o seu médico e fazer um exame de ultrassom para avaliar se tem gordura no fígado.  O paciente diabético, ou hipertenso, ou que tem colesterol alto também precisa avaliar. O paciente que tem o IMC acima de 30 também tem mais risco de acumular gordura no fígado. Portanto nestes casos é melhor fazer um ultrassom.  Como 30% da população tem esteatose, a chance de encontrar essa alteração num exame de imagem é grande.

Carol Minhoto: Este paciente tem dor? Ele pode ter alguma crise?

Dra. Ana Priscila: É muito importante frisar que a esteatose é quase sempre assintomática. É uma doença silenciosa. A esteatose por muito tempo foi vista como apenas “uma gordurinha no fígado”. Então o cardiologista costumava dizer que o paciente tem uma gordura no fígado e que tem que perder peso. Mas isto fez com que médicos e pacientes não dessem a devida atenção que hoje nós sabemos que temos que dar para a esteatose.

Caso a esteatose não seja diagnosticada e tratada, o processo inflamatório vai acontecendo e o paciente só vai ter algum sintoma quando já está em estado terminal e irreversível.

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Dra. Ana Priscila: Vamos observar que na primeira imagem desta foto a gente tem um fígado saudável. A primeira coisa que acontece se chama esteatose, que é quando eu começo a acumular gordura no fígado e de vermelho ele começa a ficar amarelinho. Como vimos, esta gordura é tóxica para o fígado e ao acumular, ela começa a fazer um processo inflamatório chamado de esteato-hepatite. Com a esteato-hepatite o fígado começa a ter uma lesão inflamatória com a destruição das células hepáticas e a fazer cicatrizes. Com a progressão dessa cicatrização contínua e crônica ao longo dos anos, o paciente vai evoluir para um quadro de cirrose.

Esses quadros iniciais são totalmente reversíveis e, por isto, a importância de fazer um diagnóstico precoce. É claro que a gente deve sempre buscar uma boa qualidade de vida e bem estar, mas neste caso o tratamento é obrigatório porque quando a esteatose evolui para a cirrose, o tratamento é um transplante, que não é uma coisa simples. A gente não consegue viver nessa condição, ela é incompatível com a vida.

A principal causa de transplante de fígado hoje em dia não é mais o vírus da hepatite e não é o alcoolismo, mas a gordura no fígado

Para assistir ao vídeo na íntegra clique aqui!

De acordo com o Ministério da Saúde:  

“A esteatose hepática, popularmente conhecida como “Gordura no Fígado”, é um problema de saúde que acontece quando as células do fígado são infiltradas por células de gordura. É normal haver presença de gordura no fígado, no entanto quando este índice chega a 5% ou mais o quadro deve ser tratado o mais brevemente possível.

Se não tratada corretamente, a Estatose hepática pode provocar, a médio e longo prazo, uma inflamação capaz de evoluir para quadros mais graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como também adquire um aspecto amarelado. O transplante, muitas vezes, pode ser a única indicação para situações mais críticas.

O quadro é reversível com mudanças de estilo e hábitos de vida, que devem ser mais saudáveis e com as devidas orientações médicas. Cuide de sua saúde, a Esteatose Hepática é um problema sério que pode levar à morte.”

Caso você tenha algum fator de risco, acúmulo de gordura abdominal ou histórico familiar de esteatose hepática, entre em contato conosco! A AKTA Liv é uma clínica de endocrinologia integrada localizada na Vila Mariana, em São Paulo. Além dos atendimentos presenciais na clínica trabalhamos também com telemedicina.

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Na Clínica AKTA Liv trabalhamos primariamente com pacientes que apresentam transtornos alimentares, obesos, com sobrepeso e com morbidades relacionadas ao excesso de gordura. Todos os tratamentos oferecidos na Clínica AKTA Liv focam na perda e manutenção de peso a partir da adoção de hábitos de vida saudáveis, melhora da autoestima e, consequentemente, saúde e bem estar.

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