A osteoporose é uma doença silenciosa que afeta mais de 200 mil pessoas no mundo e cerca de 75% delas sequer sabem que possuem a doença. No mês de prevenção da osteoporose trazemos informações sobre as causas e potencial cura dessa doença. Fique conosco para aprender a se prevenir contra a osteoporose.
Você pode não saber o que é osteoporose, mas com certeza conhece algum idoso que vive reclamando de dores nas articulações e nos ossos. Se pararmos para prestar atenção nos idosos caminhando num parque ou realizando atividades do dia-a-dia, algumas características em comum chamam atenção: dificuldade para andar, passadas descontroladas e tortas, necessidade de suporte para fazer movimentos básicos. Essa descrição te soou familiar? Pois é … esses são alguns dos sinais da osteoporose.
Seja por acreditar que as dificuldades motoras entre idosos é algo normal, ou porque não foi ainda dado o diagnóstico, muitas pessoas convivem com a osteoporose e não sabem. E embora seja uma doença mais comum entre pessoas com mais de 60 anos, é possível prevenir e diagnosticá-la antes que ela dê os primeiros sinais. É tudo uma questão de dar atenção ao seu corpo e perceber os mínimos sinais de mudanças.

O que é a osteoporose?
A osteoporose é uma doença silenciosa, caracterizada pela perda gradativa de massa óssea, transformando os ossos fracos e mais suscetíveis a fraturas. A osteoporose faz com que o corpo passe a absorver o tecido ósseo e não desenvolva um novo, por isso a fragilidade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a osteoporose tem influência genética e de fatores externos que potencializam o aparecimento da doença. O uso de alguns medicamentos como os anticonvulsionantes, quimioterápicos, entre outros, podem influenciar no desenvolvimento da doença.
Por ser uma doença silenciosa ela costuma não apresentar sinais muito claros desde o início. Desconforto na coluna, dificuldade em manter-se com a postura correta e até uma queda simples que ocasiona uma fratura, podem ser sinal de osteoporose. Inicialmente, a osteoporose não causa nenhum sintoma agudo; são pequenos incômodos, sem constância.
Embora comumente afete homens e mulheres acima dos 50 anos, dentre os cerca de 10 milhões de brasileiros que convivem com a doença, apenas 20% têm um diagnóstico fechado. Mulheres lideram os números de diagnósticos e isso tem tudo a ver com a questão hormonal.

Por que as mulheres são as mais afetadas?
O envelhecimento na mulher vem acompanhado de muitas alterações hormonais durante a menopausa. Nas mulheres, a osteoporose está ligada à diminuição do nível do estrogênio no organismo. Esse hormônio é responsável pelo equilíbrio da saúde óssea da mulher e, sem ele, a probabilidade de a doença aparecer é muito maior. Para se ter uma ideia, mulheres em idade avançada sofrem mais fraturas exatamente pela falta de estrogênio.
O estrogênio, possui funções importantes relacionadas à sexualidade feminina, mas também responde pela saúde cognitiva e óssea. A diminuição da produção desse hormônio ocasiona ganho de peso, cansaço, ondas de calor e o afinamento da estrutura óssea, esta última, a maior característica da osteoporose.
Os homens têm prevalência menor da doença pois o hormônio responsável pela renovação óssea em seu organismo é a testosterona. Nas contas, uma em cada 3 mulheres irão sofrer com a doença, enquanto 1 em cada 5 homens passarão pela mesma situação. Agora deu para entender o motivo pelo qual as mulheres sofrem mais em decorrência da osteoporose?

Prevenção, tratamento e cura. Como lidar com a osteoporose?
A osteoporose deve ser diagnosticada pelo endocrinologista e é uma doença que ainda não tem cura. Entretanto muito pode ser feito para a manutenção da saúde da pessoa portadora de osteoporose. A adoção de hábitos como alimentação saudável com uma dieta especial recomendada pelo nutricionista, prática de exercícios físicos de fortalecimento, como a musculação e caminhadas, e, claro, uso de medicamentos receitados pelo seu endocrinologista. A partir do diagnóstico, o paciente deverá fazer um acompanhamento rotineiro com o endocrinologista para garantir a qualidade de vida do paciente.
Já é clichê dizer que prevenir é melhor do que remediar. Mas quando se trata de osteoporose, manter um estilo de vida saudável e realizar exames periódicos com o endocrinologista pode ser a diferença entre uma velhice tranquila ou uma onde o paciente está incapacitado em consequencia da doença. A prevenção da osteoporose se dá através da manutenção de níveis ótimos de vitamina D, alimentação equilibrada e rica em cálcio, prática de exercícios físicos, ingestão adequada de água, sono regulado, entre outros hábitos saudáveis.

Dentre os alimentos que ajudam a prevenir a osteoporose, estão:
- leite e derivados: fontes de cálcio, proteína e fósforo;
- leguminosas (grão de bico, feijões, lentilhas): fonte de proteínas, ferro e magnésio;
- vegetais verdes (couve, brócolis, repolho, agrião, espinafre, etc.): fonte de cálcio e magnésio;
- cogumelos (shitake, shimeji, etc): fonte de vitamina D;
- peixes gordurosos (como o salmão): fonte de cálcio, vitamina D, proteínas e magnésio;
- fígado e óleo de fígado: fonte de vitamina D, entre outros.
Caso tenha alguém na família que possua o diagnóstico, atente-se a esses pontos citados, mas não esqueça de prevenir as fraturas. Com a fragilidade óssea causada pela doença, por mais que haja cuidado com a alimentação e acompanhamento de um médico endocrinologista, o ambiente que a pessoa vive influencia em sua saúde. Não use tapetes, deixe os fios dos equipamentos eletrônicos escondidos, opte por superfícies antiderrapantes e coloque corrimões e barras de apoio no banheiro e outros ambientes da casa.
E fique atento! A osteoporose tem um fator genético importante, portanto não espere começar a ter sintomas para monitorar os sinais da osteoporose e previna-se com a dicas que compartilhamos. No processo de envelhecimento, o médico endocrinologista é um dos seus principais aliados para manter a saúde em equilíbrio.
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